8 de jun. de 2012

a solitária


no natal de 1888, quando van gogh mutilou a orelha, foi para o hospital de arles. lá ficava na enfermaria e, nos acessos fortes, era transferido para a solitária, uma cela de isolamento onde o acorrentavam. depois voltou, arrastado pela polícia, e agora a população fez uma petição ao prefeito pedindo sua remoção da cidade e internamento num manicômio. enquanto ele tenta se defender numa audiência oficial, fica no hospital de 25 de fevereiro a 23 de março de 1889, quase todo o tempo "sob chave e cadeado", encerrado na solitária. theo está ocupado em paris, escolhendo as cortinas para o novo apartamento, pois logo vai se casar. por mais mensagens alarmadas que receba da faxineira, do pastor protestante, do amigo carteiro, dos médicos, prefere ignorá-las e acreditar nas palavras de vincent, que diz para ele não se preocupar. mas coitado do theo também, tinha lá seus muitos e muitos problemas, e o namoro, o noivado e os preparativos estavam sendo super-rápidos. a sífilis de theo também tinha piorado e era a última chance de alguma felicidade na vida...